in rainbows e suas origens

Quando ouvi o disco novo do Radiohead pela primeira vez estava tão ansioso que não fui capaz de saber se era bom ou ruim, apesar de ter gostado muito dele. Mas como gosto muito de tudo que os caras fazem, fica difícil uma análise imparcial.

Mas depois do êxtase ter passado e eu ter conseguido ouvir e desfrutar o álbum, posso dizer sem medo de estar falando merda: o disco é muito bom mesmo.

Mas não me pareceu ser novo como era o Ok Computer ou o Kid A, e  algumas coisas eu tive a sensação de já ter escutado. Passei uns dois dias ouvindo o My Iron Lung, Ep lançado entre o Pablo Honeys e o Bends, mas não foi ali que encontrei o que procurava, até que um dia, indo trabalhar, veio o estalo: “Radiohead – B sides and unreleased Part III”. Um cd que tenho com os lados B de Pyramid Song e Knives Out, além de algumas músicas inéditas, ao vivo e outras versões.

Lá encontrei Nude, ao vivo em Vancouver, de junho de 2001. Tem também Trans-Atlantic Drawl, que poderia estar num mesmo disco com Bodysnatchers sem problema algum. Isso sem falar de Fog, uma das minhas prediletas, e que está também no Com Lag, só que lá apenas com o Thom Yorke ao piano. A versão de Airbag, de 95, dois anos antes do lançamento do Ok Computer, também é muito boa.

O legal de ter redescoberto esse cd é a impressão que dá que o Radiohead é uma banda melhor ainda do que parece ser, pois compõe e depois transforma as músicas, sem pressa de lancá-las de qualquer jeito. A versão de Nude do In Rainbows é muito mais legal, com aquele baixo presente que não tem na versão mais antiga.

Aliás, o baixo do In Rainbows me fez voltar a uma mania que eu tinha, quando tocava, de ouvir música escutando, principalmente, o baixo. E as linhas do Collin Grenwood neste álbum estão excelentes. O baixo de 15 Steps, harmonioso com o resto da música e cobrindo a ausência de vocal antes do refrão final é bem empolgante. Pelo menos pra mim, que sou baixista.

In Raibows me fez redescobrir coisas antigas do Radiohead que faziam um bom tempo que eu não ouvia, mas que permaneciam em algum lugar da minha cabeça, assim como a mania de baixista. Só por isso já teria valido a pena, mas tem muito mais. Tem All I Need, Videotape e outras coisas. Não é um disco muito diferente do que eles já vinham fazendo, e alguém até disse que eles encontraram uma fórmula. Pode ser. O importante é que ela tem funcionado.

1 Resposta to “in rainbows e suas origens”


  1. 1 DanielPastori 8 novembro 2007 às 2:11 pm

    Lí uma crítica no site Pitchfork Media em que o cara fala que o In Rainbows é o som do RadioHead voltando para Terra. Achei essa definição muito boa.


Deixe um comentário




crônicas de sofrimento e obsessão por um clube de futebol...

Comentários

RUTH em 1,2,3,4…. tell me that y…
Renato em 1977
Marquinho em 1977
rafei em gibson robot guitar
Walter Maciel de Sou… em 1977

Blog Stats

  • 7.451 hits