Arquivo para novembro \21\-03:00 2007

músicas e números

Eu, que não sou chegado a leitura, estou lendo dois livros ao mesmo tempo.

Um sobre canções e outro sobre discos.

Na verdade, o “1001 discos para ouvir antes de morrer” é uma leitura contínua. Você escolhe uma página e lê sobre o disco, se interessa ou não, e depois parte pra outra página e outro disco, aleatóriamente.

O “31 songs” é diferente, e apesar de seus capítulos serem divididos por canções, o livro tem uma ordem lógica. Se você quiser ler da mesma forma que o outro até dá, mas perde um pouco do sentido e da graça do livro.

A maioria das 31 canções eu não conhecia, por isso tive que baixar no e-mule. A idéia era primeiro escutar as músicas e depois ler o livro, mas ontem deixei isso pra lá e fui direto pra leitura. Resolvi que depois que eu acabar eu gravo um cd e tento enxergar o que o Nick Hornby enxergou. A versão importada do livro já vem com o cd.

O legal é que nem todas as músicas ele acha “genial” ou “provocativa”, existem lá também apenas boas canções. Ele relata, por exemplo, que não é muito fã de Dylan, mas que tem 27 discos do compositor, e que acha que ele escreve mais para a cabeça do que para o espírito, e que isso não o atrai muito.

Eu não saberia descrever as minhas “31 songs”, mas acho que também teriam coisas que me surpreenderiam.

Prisão das ruas, do Ira!, é uma delas. Não é uma música excelente, mas me acompanhou por um bom tempo. Tangerine, do Led III, me lembra uma época de bastante proximidade com meus amigos, e assim vai.

Acho que eu escolheria as músicas baseado não só nas letras ou melodias, mas também em como elas me afetaram e continuam me afetando.

Se eu já faço isso com tudo, por quê com as canções seria diferente?

tudo que sei sobre baseball

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gibson robot guitar

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Coloque as cordas, aperte o botão e ela se afina sozinha.

Com presets na memória, você pode, com um clique, tentar soar como Hendrix, Page ou Robert Johnson.

Alguns vão achar uma porcaria, coisa de preguiçoso, de gente que não sabe tocar e até mesmo uma afronta à pureza musical a aos ouvidos absolutos.

Eu gostei. Afinar instrumentos é mesmo um saco, ainda mais no meio do show, com a canjibrina na cabeça.

Lembro de algumas festas dos Abutres em que muito me seria útil ter um baixo com a mesma tecnologia.

A Gibson promete o lançamento para 07 de Dezembro, e disponibilizará apenas 10 guitarras por loja. O preço? Não sei, mas deve ser alto.

Clique aqui e veja como funciona.

para o gil e o pistola

Para o Gil,

Interpol em São Paulo, 11 de Março,  no Via Funchal.

De $ 100 (pista) a $ 160 (camarote)

Será que o Cá vem?

Ingressos a partir de hoje.

Para o Pistola,

Radiohead em cd, 1º de Janeiro, nos USA.

Aqui? sabe-se lá…

preguiça

Ando com preguiça de escrever sobre o Brasileirão.

O corinthians empatou, e mais por incompetência do Goiás do que por suas próprias pernas, deve se livrar da Segundona no ano que vem. Acho que os dois times perdem as duas que faltam.

Rodada boa pro Palmeiras, que joga só na quarta, e se ganhar entra mais uma vez no G-4.

A gente, bom, a gente ganhou outra, e parece que foi um jogo legal até, mas Domingo com chuva….

 …preguiça.

in rainbows e suas origens

Quando ouvi o disco novo do Radiohead pela primeira vez estava tão ansioso que não fui capaz de saber se era bom ou ruim, apesar de ter gostado muito dele. Mas como gosto muito de tudo que os caras fazem, fica difícil uma análise imparcial.

Mas depois do êxtase ter passado e eu ter conseguido ouvir e desfrutar o álbum, posso dizer sem medo de estar falando merda: o disco é muito bom mesmo.

Mas não me pareceu ser novo como era o Ok Computer ou o Kid A, e  algumas coisas eu tive a sensação de já ter escutado. Passei uns dois dias ouvindo o My Iron Lung, Ep lançado entre o Pablo Honeys e o Bends, mas não foi ali que encontrei o que procurava, até que um dia, indo trabalhar, veio o estalo: “Radiohead – B sides and unreleased Part III”. Um cd que tenho com os lados B de Pyramid Song e Knives Out, além de algumas músicas inéditas, ao vivo e outras versões.

Lá encontrei Nude, ao vivo em Vancouver, de junho de 2001. Tem também Trans-Atlantic Drawl, que poderia estar num mesmo disco com Bodysnatchers sem problema algum. Isso sem falar de Fog, uma das minhas prediletas, e que está também no Com Lag, só que lá apenas com o Thom Yorke ao piano. A versão de Airbag, de 95, dois anos antes do lançamento do Ok Computer, também é muito boa.

O legal de ter redescoberto esse cd é a impressão que dá que o Radiohead é uma banda melhor ainda do que parece ser, pois compõe e depois transforma as músicas, sem pressa de lancá-las de qualquer jeito. A versão de Nude do In Rainbows é muito mais legal, com aquele baixo presente que não tem na versão mais antiga.

Aliás, o baixo do In Rainbows me fez voltar a uma mania que eu tinha, quando tocava, de ouvir música escutando, principalmente, o baixo. E as linhas do Collin Grenwood neste álbum estão excelentes. O baixo de 15 Steps, harmonioso com o resto da música e cobrindo a ausência de vocal antes do refrão final é bem empolgante. Pelo menos pra mim, que sou baixista.

In Raibows me fez redescobrir coisas antigas do Radiohead que faziam um bom tempo que eu não ouvia, mas que permaneciam em algum lugar da minha cabeça, assim como a mania de baixista. Só por isso já teria valido a pena, mas tem muito mais. Tem All I Need, Videotape e outras coisas. Não é um disco muito diferente do que eles já vinham fazendo, e alguém até disse que eles encontraram uma fórmula. Pode ser. O importante é que ela tem funcionado.

tá, acabou. mas precisava jogar tão mal?

belle & sebastian não é uma banda triste

“Lá vem o Mazo com aqueles escoceses tristes…”

Mais de uma vez já ouvi a frase acima.

Tudo bem que Belle & Sebastian não é a banda mais feliz do mundo, e suas letras não são das mais contagiantes, mas triste não é exatamente a palavra certa.

Esses escoceses formam a banda que mais gosto de escutar quando eu estou triste, e daí a tristeza muda, e se transforma em melancolia, o que na minha opinião é bem melhor. Chego até mesmo a esboçar um sorriso de canto de boca enquanto cantarolo Fox in the snow.

Claro que se quiser me afogar em temas tristes e banzo eterno, sempre existirá o Storytelling, mas na maioria das vezes a sensação ao escutar essa banda é de alivio e bem estar. São músicas que, mesmo sem apelar para frases de auto ajuda, te faz ficar bem e ver as coisas de uma forma simples e, às vezes, até bela.

sobre o título

Difícil escrever sobre este título do São Paulo.

Andei lendo algumas colunas e parece que li uma só, de tão iguais e superficiais.

A organização em campo, o profissionalismo da diretoria, planejamento, reposição de jogadores e Rogério Ceni. Nenhuma delas fugiu muito desses assuntos. Tudo bem, esses talvez sejam os motivos mais visíveis para que tenhamos conquistado o Brasileirão de forma tão convincente, mas é preciso fazer uma análise tão superficial do assunto?

Engraçado que das pessoas que escrevem sobre futebol, a que eu mais gosto de ler é justamente aquela que escreve, principalmente, sobre outros assuntos: Daniel Piza.

Apesar de corinthiano, Piza tem bom senso e analisa os jogos com imparcialidade. E quando vai além das quatro linhas, não apenas cita alguns motivos e os joga no texto, ele explica seu ponto de vista. É uma pena que os comentários em seu blog não sejam de um nível muito melhor do que o do Milton Neves, por exemplo. 

A difilculdade de escrever é a dificuldade de analisar. Pontos corridos não tem final, aquele jogo que decide. E convenhamos, é muito mais fácil analisar um só jogo do que um campeonato. Fulano foi bem, o lateral não marcou, o gol do título saiu de uma combinação de sorte do atacante e falha da defesa adversária… É simples resumir um jogo em uma só jogada, e se esse jogo define o campeonato, então resumimos o campeonato inteiro a essa jogada isolada. Mas como fazer isso num Brasileirão com tantas alternativas? Destruindo esse conceito.

O campeonato desse ano não deixou alternativas, pelo menos em relação ao campeão. O São Paulo, exitante depois da queda no Paulista e enquanto disputava a Libertadores, acabou se achando e depois que venceu o Botafogo no Rio e assumiu a liderança, simplesmente disparou. Outros clubes tentaram se aproximar, como Santos e Cruzeiro, mas não conseguiram manter a regularidade do tricolor, que venceu jogos chaves e soube segurar algumas pressões que surgiram.

Não havia outro time capaz de conquistar o título, e o São Paulo parecia que jogava apenas contra ele mesmo. Demérito dos concorrentes? Nível baixo da competição? Não. Esse Brasileirão 07 não deve nada a qualquer outro de pontos corridos. A diferença é que neste ano a distância técnica entre o campeão e os outros foi muito grande.

5

05 títulos brasileiros.

1. 1977

2. 1986

3. 1991

4. 2006

5. 2007


crônicas de sofrimento e obsessão por um clube de futebol...

Comentários

RUTH em 1,2,3,4…. tell me that y…
Renato em 1977
Marquinho em 1977
rafei em gibson robot guitar
Walter Maciel de Sou… em 1977

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