Eu, que não sou chegado a leitura, estou lendo dois livros ao mesmo tempo.
Um sobre canções e outro sobre discos.
Na verdade, o “1001 discos para ouvir antes de morrer” é uma leitura contínua. Você escolhe uma página e lê sobre o disco, se interessa ou não, e depois parte pra outra página e outro disco, aleatóriamente.
O “31 songs” é diferente, e apesar de seus capítulos serem divididos por canções, o livro tem uma ordem lógica. Se você quiser ler da mesma forma que o outro até dá, mas perde um pouco do sentido e da graça do livro.
A maioria das 31 canções eu não conhecia, por isso tive que baixar no e-mule. A idéia era primeiro escutar as músicas e depois ler o livro, mas ontem deixei isso pra lá e fui direto pra leitura. Resolvi que depois que eu acabar eu gravo um cd e tento enxergar o que o Nick Hornby enxergou. A versão importada do livro já vem com o cd.
O legal é que nem todas as músicas ele acha “genial” ou “provocativa”, existem lá também apenas boas canções. Ele relata, por exemplo, que não é muito fã de Dylan, mas que tem 27 discos do compositor, e que acha que ele escreve mais para a cabeça do que para o espírito, e que isso não o atrai muito.
Eu não saberia descrever as minhas “31 songs”, mas acho que também teriam coisas que me surpreenderiam.
Prisão das ruas, do Ira!, é uma delas. Não é uma música excelente, mas me acompanhou por um bom tempo. Tangerine, do Led III, me lembra uma época de bastante proximidade com meus amigos, e assim vai.
Acho que eu escolheria as músicas baseado não só nas letras ou melodias, mas também em como elas me afetaram e continuam me afetando.
Se eu já faço isso com tudo, por quê com as canções seria diferente?
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